20/05/2019
Empresas com investimentos represados
A consultoria KPMG fez uma pesquisa em 2018 sobre o perfil das empresas familiares, com a participação de 217 companhias em 19 Estados do País, cujos resultados foram apresentados agora. Os setores de maior representatividade entre os participantes foram os do agronegócio, de serviços, de atacado e de varejo, representando 43 dos respondentes.
O mais interessante no documento é ver o nível de otimismo em relação ao país, com uma média de confiança de 70%. Das empresas respondentes, 74% falaram que novos investimentos estavam incluídos no seu plano estratégico.
O cenário político, com as eleições gerais, certamente pesou na época. No levantamento é apresentada uma mudança de percepção em relação à pesquisa realizada em 2016, com uma abertura maior para expansão no Sudeste (44%) e no Nordeste e Centro-Oeste, empatados com 29%.
O sócio da KPM, Eliardo Vieira, explica que as companhias aguardam definições para voltar a crescer. Eliardo participa do programa O POVO Economia, da TV O POVO, que será apresentado hoje, às 20 horas.
Negócios em energia
Há uma constatação entre agentes do mercado de que, quando o Brasil gripa, o Nordeste pega uma pneumonia. A crise atual comprova essa tese mas, segundo Eliardo Vieira, quando há uma recuperação, a região sente a reação mais intensamente. Mesmo com as dificuldades atuais, algumas áreas continuam atraindo investimentos e as energias renováveis concentram boa parte dos interesses.
Ceará entre contemplados
O Ceará está entre os estados contemplados com a ampliação da exploração de blocos de petróleo em áreas marítimas. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) informou que o número de áreas disponíveis no processo de oferta permanente foi ampliado em mais 442 blocos. Serão feitas 600 concessões exploratórias, e 14 áreas com acumulações marginais estão disponíveis ao mercado.
Incertezas políticas
As preocupações mais relevantes das empresas familiares, segundo pesquisa da KPG,estão centradas nas incertezas políticas e econômica (61%) e na redução da lucratividade (48%). O documento mostra o nível de expectativas no ano passado, as quais devem ter sido frustradas e represadas diante da estagnação da economia.
Previdência privada
A discussão sobre a reforma da previdência impacta na venda de contratos com empresas e fundos privados. A Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) já constatou um aumento de 10% no volume de reserva dos planos privados no primeiro trimestre em relação a 2018.
Mudanças no comportamento
Os investimentos realizados recentemente por duas grandes empresas cearenses, como Hapvida e Arco, adquirindo companhias do Sudeste, revelam também as oportunidades do mercado. O setor de fusões e aquisições, embora também aguarde a recuperação da economia, continua se movimentando - nos dois casos citados, com uma mudança no comportamento, já que os grupos locais geralmente eram apenas comprados, e não compradores.
Fonte: O Povo