Previdência pública, privada ou as duas, qual seria a melhor opção para um plano de aposentadoria? Confira.
O
INSS é o órgão que organiza o regime da
Previdência Social , que é pública. É responsável por conceder a aposentadoria aos trabalhadores. Quem trabalha de carteira assinada, já está automaticamente inscrito no
INSS. Já a Previdência Privada ou Previdência Complementar, é administrada por instituições financeiras e a remuneração será sempre proporcional ao valor dos aportes. Neste artigo vamos explicar as principais diferenças entre elas.
Quais os benefícios contemplados na Previdência Social (INSS) e na Previdência Privada?
Na Previdência Pública,
INSS, o trabalhador poderá usufruir de auxílio-doença, salário- maternidade, pensão por morte, auxílio-acidente, auxílio-reclusão, aposentadoria por idade, por tempo de contribuição, por invalidez e aposentadoria especial (condições especiais para certas profissões).
Enquanto que, na Previdência Privada, o trabalhador
poderá usufruir de uma renda extra na sua aposentadoria. Esse sistema funciona como uma Previdência Complementar.
Porém, contribuir para um plano de Previdência Complementar é tão somente uma opção do trabalhador; não é obrigatório.
Contudo, essa é uma opção bastante interessante, principalmente para quem ganha acima do teto de aposentadoria do
INSS (atualmente de R$ 5.800,00); e, claro, que queira manter o valor integral dos seus rendimentos, após se aposentar.
Além disso, a Previdência Privada funciona como um seguro; possuindo, assim, algumas coberturas de risco, tais como:
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Pecúlio por morte: pago de uma só vez aos beneficiários em caso de morte do participante;
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Pensão por morte: paga mensalmente, de forma vitalícia ou prazo determinado, em caso de morte do participante;
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Pecúlio por invalidez: pago de uma só vez ao participante em caso de invalidez;
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Pensão por invalidez: paga mensalmente ao participante, de forma vitalícia ou por prazo determinado, em caso de invalidez.
A reforma da Previdência pode trazer mudanças significativas
As novas regras que estão sendo discutidas pelo governo, podem impor mudanças estruturais e condições mais rigorosas na aposentadoria pública. Como por exemplo, aumento da idade mínima e maior tempo de contribuição.
Portanto, os planos de Previdência Privada podem se tornar opção interessante para os trabalhadores.
Conhecendo melhor a Previdência Privada
Como falamos no início do texto, a Previdência Privada ou Complementar é administrada por instituições financeiras e não há um limite de pagamento (teto), assim como na Previdência Pública, teto do
INSS.
O valor a receber dependerá da quantidade e valores dos aportes feitos pelo associado do plano. Ou seja, do quanto ele conseguir acumular de patrimônio (reservas), além de existir a possibilidade de resgate do valor, de forma antecipada.
Basicamente, é um tipo de investimento financeiro, onde após atingir uma determinada meta de valores aplicados, num determinado tempo, os rendimentos dessa aplicação passam a ser pagos mensalmente.
Esses planos possuem ainda benefícios tributários, incentivando o investimento de longo prazo.
São dois tipos de Previdência Privada:
·Planos Fechados ou Fundos de Pensão
Esta modalidade é destinada aos profissionais que trabalham em determinadas empresas, entidades de classe e associações.
Indicado para você
No caso dos fundos de pensão, além dos trabalhadores (participantes do fundo), a entidade/empresa pode ser uma patrocinadora do fundo e também fazer contribuições.
Os aportes são mensais, geralmente descontados em folha. Sendo uma parte do salário do funcionário e outra parte, complementada pela empresa/entidade (em alguns casos a empresa faz a contribuição integral).
·Previdência Privada Aberta
São comercializados por corretoras, seguradoras e bancos.
Os aportes (aplicações) são realizados todo mês pelo titular do plano, enquanto qualquer pessoa pode participar dessa modalidade.
Uma vantagem aqui, é a possibilidade do associado do plano poder fazer o resgate ainda durante a fase de acumulação.
Os mais comuns são os planos tipo
PGBL e VGBL.
·PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre
Recomendados às pessoas que declaram imposto de renda. Os beneficiários usufruem de uma economia tributária a curto prazo.
Além disso, uma parte do aporte anual (12% da renda bruta declarada) pode ser deduzida do imposto de renda.
·VGBL – Plano Vida Gerador de Benefício Livre
Recomendado aos contribuintes que não declaram Imposto de Renda. Ou ainda, declaram o modelo simplificado ou não contribuem para o
INSS (Previdência Pública).
Os beneficiários usufruem de uma economia a longo prazo, pois conta com benefícios tributários depois de, pelo menos, dez anos.
Se aposentar somente pelo INSS é suficiente?Conheça a previdência privada
Qual a melhor opção: Pública (pelo INSS) ou Privada?
A Previdência Pública é ao mesmo tempo um direito e obrigação do trabalhador que tem carteira assinada e dos profissionais autônomos e contribuintes do
INSS. Não há taxas adicionais e o valor de contribuição tende a ser bem menor.
Já as instituições de Previdência Privada estão procurando inovar para oferecer planos ainda mais satisfatórios para os clientes, com custos menores.
Mas não são modelos excludentes. Isso é, as duas podem conviver tranquilamente. A questão é saber se o segurado do INSS (previdência pública) obrigatória, tem condições de bancar também a previdência privada para completar a sua renda na aposentadoria.
Hoje há um déficit muito grande da Previdência Pública, de tal forma que impõe ao governo propor mudanças que tendem a tornar esse regime cada vez menos interessante.
A situação ideal, entretanto, seria poder conciliar os dois: o plano público e o complementar (privado). Porém, como dito, nem todas as pessoas podem ter esse privilégio.
Portanto, cada cidadão de acordo com o seu perfil, deve avaliar e tomar a melhor decisão de investimento, para garantia do seu futuro financeiro.